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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O menor da casa - Gideão

   O livro de Juízes relata um período de aproximadamente 300 anos da história do povo de Israel. Período marcado por um ciclo de queda,opressão, arrependimento, libertação, queda e assim sucessivamente.
   Após a morte de Josué e de toda a geração daqueles que conquistaram Canaã, levantou-se uma nova geração que não conhecia ao Senhor nem os seus feitos em favor do seu povo (Jz 2:7-10). Foi então que os filhos de Israel abandonaram o Senhor e se voltaram para os baalins (Jz 2:11).
   O capítulo 6 relata mais um desses períodos de servidão e opressão vivenciados em consequência do pecado:

  • Estavam há 7 anos debaixo do jugo dos midianitas (v.1); Mas os midianitas não eram seu único problema, os amalequitas e os do Oriente também vinham contra Israel e levavam todo o fruto do seu trabalho (vv. 3,4);
  • Devido aos ataques que sofriam, empobreceram muito (v.6);
  • Devido à opressão e aos constantes ataques que sofriam, construíram covas e cavernas para se esconderem (v. 2). Estavam vivendo uma situação de humilhação e medo;
  • Então clamaram ao Senhor (vv. 6,7). 
   É interessante notar em todo o livro dos Juízes que a busca a Deus só acontecia depois de muitos anos de opressão. Eles estavam em extrema agonia e dificuldade, suas famílias (crianças, jovens, mulheres, velhos, todos) padecendo necessidades, mas eles só recorreram a Deus quando não aguentavam mais. Entenderam que não possuíam forças para vencer o inimigo e a atitude que tomaram foi a de buscar socorro em Deus. 
   Existem situações que fogem do nosso controle e para algumas pessoas (principalmente aquelas que gostam de manter tudo sob controle), isso é desesperador. é o momento de buscarmos a solução em Deus. E nessa hora é preciso entender também que Ele não vai agir de acordo com nossas expectativas, mas sim de acordo com a vontade dEle.
   Após clamarem ao Senhor, Deus vai ao encontro de Gideão:

  • Gideão estava trabalhando (v. 11). Estava malhando trigo no lagar. Lagar não é lugar de se malhar trigo (o trigo era malhado em lugares altos para que o vento pudesse bater e espalhar a palha que se soltava do grão) e sim de prensar uvas, mas Gideão trabalhava dentro de suas possibilidades. No lagar (um lugar baixo, escondido), o trigo não ficaria visível para que os inimigos viessem e roubassem. Enquanto em todas as outras casas havia falta de alimento, na casa de Gideão não faltava pão. Ao invés de reclamar e se lamentar, Gideão partiu para a ação;
  •  Uma mensagem de Deus é direcionada a Gideão: "O Senhor é contigo, varão valoroso." (Jz 6:12b)
   Nas suas tarefas e esforços diários, Gideão não imaginava que Deus estava com ele;

  • Surgem questionamentos:" Se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos deu na mão dos midianitas." (Jz 6:13).
   Ao trazer à tona tal questionamento, Gideão esqueceu-se dos motivos que levaram Israel a viver debaixo da servidão dos midianitas: seus próprios pecados. Mas seu questionamento demonstrava também um inconformismo com a situação atual e um conhecimento de que Deus pode operar grandes coisas em favor dos seus filhos.
   É muito comum, e absolutamente normal (pois somos seres humanos), termos questionamentos em momentos de crise. É claro que nem toda dificuldade pela qual passamos é fruto de pecados que tenhamos cometido como no caso dos israelitas. Muito do que acontece nesse mundo nos parece muito injusto e sem merecimento, mas enquanto vivermos nesse mundo estaremos sujeitos a sermos alvos de injustiças (pois o sistema que rege esse mundo é corrupto) e a sofrermos com enfermidades. Mas podemos ter certeza de que Deus está conosco, assim como Ele estava com Gideão mesmo que este não sentisse isso.

  • Gideão desconhecia seu próprio potencial (vv. 13). E ele apresenta algumas razões segundo as quais não poderia ser usado por Deus:

  1. A tribo a qual sua família pertencia era a menor;
  2. Sua família a menor dessa tribo;
  3. Ele, o menor de sua casa.
   Não entendeu que para agir em meio ao caos, como ele havia agido, era preciso coragem e ousadia. Podia até ser o menor de sua casa, mas foi o único que teve iniciativa.
   Gideão recebe:

  • A promessa da presença de Deus (v.16);
  • Ânimo e confirmação do chamado (vv. 17-21);
  • Intimação de comprometimento (v. 25). Gideão seria usado por Deus, mas precisava estar totalmente comprometido com o Senhor e teve que demonstrar isso derrubando o altar de Baal;
  • Revelação de como se daria o livramento (Jz 7:2). Gideão precisaria agir de acordo com as orientações de Deus. E Deus lhe dá duas ordens:

  1. Mandar que os tímidos e covardes voltassem. 22.000 homens desistiram e voltaram para suas casas, permanecendo 10.000 (Jz 7:3);
  2. Fazer os 10.000 descerem às águas e separar os que bebiam as águas como cão dos que se ajoelhassem para beber. Apenas 300 beberam as águas sem se abaixar e foi junto com esses que Deus o mandou guerrear.Isso significaria confiar em Deus e ir à guerra contra um enorme exército com apenas 300 homens. Mas sua obediência às ordens divinas mostrou que Deus não precisa de um grande exército para vencer batalhas. 
   Israel gozou 40 anos de paz sob Gideão.

   A grande chave para o sucesso que Gideão obteve na batalha foi a obediência a Deus. Seu esforço e dedicação não trariam nenhum resultado se ele não seguisse as orientações que Deus deu a ele acerca da batalha que travaria. 

  Assim como Gideão travamos batalhas diárias, umas mais fáceis de lidar outras extremamente difíceis, mas que em toda e qualquer batalha possamos sempre agir de acordo com o que a Palavra de Deus nos orienta
   
Paz e até.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Josias e o retorno à adoração

      Josias era filho de Amom, um mau rei, que fez o que o Senhor reprova (II Cr 33:25), e neto de ninguém menos que Manassés, o rei mais perverso que Judá teve. Tinha 8 anos de idade quando iniciou seu reinado e reinou por 31 anos em Jerusalém (II Cr 34:1).
    Devido à idolatria introduzida por seu avô e continuada por seu pai, a adoração havia sido seriamente comprometida (II Rs 21:2-7). Mas, Josias, aos 16 anos de idade, no 8º ano de seu reinado, começou a buscar ao Senhor e a purificar a Judá e a Jerusalém (II Cr 34:3). Derrubou os altares de baalins, e os postes sagrados , esmagou todos os ídolos, reduzindo-os a pó, e despedaçou todos os altares de incenso espalhados por Israel (II Cr 34:7). Mas ainda era preciso restaurar o templo, e, no 18º ano de seu reinado, Josias inicia uma reforma no templo (II Cr 34:8). E foi exatamente durante a reforma do templo que o Livro da Lei foi encontrado pelo sacerdote Hilquias (II Cr 34:14).
    A Palavra de Deus havia se perdido, seus mandamentos não eram mais transmitidos e ensinados. A falta de conhecimento da Palavra de Deus gerava ignorância acerca dos princípios divinos, que gerava um estilo de vida vivido sem o direcionamento de Deus, que gerava total afastamento da vontade de Deus, num círculo vicioso sempre crescente (Os 4:6). 
   Josias estava preocupado em se voltar pra Deus, queria restaurar a adoração, mas não poderia saber como agir de modo correto sem o conhecimento da Palavra (Sl 119:105).
   O Livro da Lei foi levado ao rei por Safã, secretário real, e lido diante dele. Não bastava ter encontrado o Livro, era necessário conhecer seu conteúdo (ICr 34:18). Não basta portar uma Bíblia, é necessário conhecê-la, estudá-la, vivê-la. A leitura do Livro da Lei gerou:

  • Reconhecimento de pecado e humilhação: "Assim que o rei ouviu as palavras da Lei, rasgou suas vestes." (II Cr 34:19).
   Josias reconheceu os seus pecados e os pecados de sua nação e humilhou-se como sinal de arrependimento. A Palavra de Deus tem caráter libertador (Jo 8:32). Não basta apenas ler ou conhecer a Bíblia, é preciso viver, é preciso mudança de mente (metanoia). 
   Ao invés de nos preocuparmos tanto com a vida alheia, precisamos olhar para nossas próprias atitudes à luz da Palavra de Deus. Muita gente só lê a Bíblia pra ter o que falar para os outros, ou para condenar o erro de outras pessoas, mas experimente lê-la pra sua própria vida, como numa palestra com Deus em que ele mostre a vontade dele pra você.

  • Busca do Senhor e de sua vontade (II Cr 34:21). 
    Josias, ao tomar conhecimento de seus erros, vai agora buscar ao Senhor e procurar conhecer sua vontade  
   Quando conhecemos nossas falhas, precisamos recorrer a Deus afim de aprendermos dele como nos aproximarmos mais da sua vontade e endireitarmos nossa vida. A mudança começa no interior do ser humano quando nos tornamos cônscios de nossos erros, mas a mudança não é apenas interior, antes o verdadeiro arrependimento se exterioriza através da transformação de nossos atos.

  • Renovação de aliança (II Cr 34:29-33).
   Ao tomar conhecimento da vontade de Deus, Josias reúne todo o povo pra renovar a aliança com o Soberano Senhor:"E enquanto ele viveu, o povo não deixou de seguir o Senhor, o Deus dos seus antepassados." (II Cr 34:33b).

  • Avivamento (II Cr 35).
   Josias celebrou a Páscoa como nenhum outro rei antes dele (II Cr 35:18). Houve um avivamento nacional, todos deixaram seus afazeres e se reuniram para adorar a Deus. O próprio rei ofereceu dos seus bens pessoais 30.000 ovelhas e cabritos para as ofertas da Páscoa, além de 3.000 bois (II Cr 35:7). Todo o serviço foi organizado e cada um assumiu o seu lugar (II Cr 35:10).

    A Palavra de Deus é poderosa para operar consciência de pecado, mudança de atitude, busca a Deus e avivamento. Muitos métodos têm sido criados por aí afora, alguns até são bons, outros meio duvidosos, mas o que realmente traz resultados permanentes é o ensino compromissado e verdadeiro da Palavra de Deus:"Meu povo foi destruído por falta de conhecimento." (Os 4:6a)
   
Busquemos viver a verdadeira adoração ensinada pelas Escrituras Sagradas.

Paz e até.


   
  

   

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A voz do que clama

   João nasceu de uma promessa feita a seu pai Zacarias, quando este exercia o sacerdócio e fora sorteado para entrar no santuário do Senhor e oferecer incenso (Lc 1:8-22). Zacarias Já era de idade avançada assim como sua esposa Isabel, e teve dúvidas quanto ao cumprimento dessa promessa. Por isso ficou mudo até que a criança nascesse (Lc 1:20,62-64). Assim, seu nascimento encheu de temor os vizinhos de seus pais e todos que ouviam falar dessas coisas se perguntavam:"O que vai ser este menino?" (Lc 1:66).
   Ele nasceu debaixo de uma promessa e viveu de acordo com ela. Sua missão era clara: Fazer retornar muitos dentre o povo de Israel ao Senhor e ir adiante do Senhor para deixar um povo preparado para o Senhor (Lc 1:16, 17).
   Quando chegou o momento de começar a exercer seu ministério, um ministério dado a ele pelo próprio Deus, vem a João a palavra de Deus no deserto. E sua pregação era simples e direta: pregava o arrependimento para perdão de pecados (Lc 3:1-3). João recebe, então, a alcunha de batista porque batizava os que iam a ele no deserto.
  Algumas características de João Batista e de sua pregação merecem destaque:
  1. Ele foi escolhido para uma grande obra (Is 40:3-5; Lc 1:17). Prepararia o caminho para o surgimento do Messias.
  2. João, sabia sua função. Possuía identidade. Sua mensagem era tão diferente que alguns o questionaram se não seria ele mesmo o Messias, mas ele sabia ser apenas o servo que vai adiante anunciando a chegada de alguém muito mais importante. A essas indagações, João respondia:
  • Virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno de desatar as correias das suas sandálias (Lc 3:16);
  • Não sou o Cristo (Jo 1:20);
  • Sou a voz do que clama no deserto (Jo 1:23).
   3. Pregava:
  • Arrependimento (Lc 3:3);
  • Mudança de atitude que demonstrasse que o arrependimento era verdadeiro:"Dêem frutos que mostrem o arrependimento" (Lc 3:8);
  • Juízo vindouro:"O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada no fogo" (Lc 3:9) "Ele traz a pá em sua mão, a fim de limpar sua eira e juntar o trigo em seu celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca se apagará." (Lc 3:17).
    4. Passou por momento de incerteza:
  • Quando foi preso enviou dois discípulos seus a interrogar Jesus se Ele era mesmo o Messias ou se deveriam esperar outro (Mt 11:2,3), embora tivesse recebido uma revelação da parte de Deus de que aquele sobre quem visse descer o Espírito Santo como pomba esse é o que batiza com o Espírito Santo (Jo 1:32,33).
    5. Era totalmente comprometido com a Palavra de Deus ainda que isso custasse sua liberdade e depois sua própria vida (Mt 14:1-12).

   A trajetória de João Batista, é fascinante. Uma vida de entrega e total dedicação ao cumprimento de um chamado. Chama nossa atenção o fato de João não buscar glória para si mesmo:"É necessário que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3:30). E o próprio Jesus testifica de João:"Digo-lhes a verdade: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista; todavia o menor no Reino dos céus é maior que ele" (Mt 11:11).
  Hoje, no meio evangélico, vivemos o momento do estrelato. Todos querem ser cantores e pregadores famosos, reconhecidos e que ganham muito dinheiro. Esquecemo-nos, por vezes, de que temos uma missão parecida com a de João: anunciar o Messias ao mundo. E, nessa tarefa, quem precisa aparecer não somos nós, e sim o Senhor Jesus. Nossa missão não é sermos grandiosos, mas fazer o nome de Jesus ser engrandecido.
   Quando olho pra vida de João, vejo o que é viver verdadeiramente de acordo com um chamado de Deus. Que possamos entender que Evangelho é compromisso de toda uma vida, renúncia aos nossos interesses, anúncio e proclamação de que JESUS VEM. E que isso consuma toda nossa vida.
Paz e até.


Bibliografia:
  • Bíblia Nova Versão Internacional.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Na contramão

   Ontem foi dia do leitor e por isso vou começar essa postagem falando de um livro que li recentemente: "1984", de George Orwell. Há muito tempo que vinha querendo lê-lo, até cheguei a ler em um blog que esse era um daqueles livros que você precisa ler antes de morrer. E isso só fazia aumentar minha vontade de devorar suas páginas. Finalmente consegui, e não me decepcionei (chato quando acontece de você criar expectativa por algo e não ser tão bom assim), o livro é realmente espetacular. Um dos melhores que já li.
   A história se passa em uma sociedade regida por uma ditadura política representada e liderada pelo Grande Irmão (Big Brother). O Partido controla tudo, até o pensamento das pessoas com a ajuda da Polícia do Pensamento que é encarregada de investigar qualquer gesto suspeito. As pessoas são vigiadas mesmo dentro de suas casas, através das tele-telas, que, além de transmitirem imagens o tempo todo, também as captura. Ou seja uma vigilância constante. A lavagem cerebral também é uma das ferramentas usadas para se exercer o domínio. Quando tem lugar o momento do ódio, as pessoas se reúnem em frente às tele-telas e ali houvem palavras que incitem o ódio àquele que representa a oposição, e o amor ao Grande Irmão. As pessoas amam ou odeiam de acordo com o que o Governo dita. Pensar diferente é crime punido com a morte. 
   As informações são constantemente manipuladas a fim de que o Partido esteja sempre certo. Os livros foram revisados e as ideias contidas neles reestruturadas de acordo com o pensamento do Ingsoc (Socialismo Inglês - forma de governo atuante). O país é constantemente bombardeado, e fazem de tudo para incutir na mente das pessoas que o Grande Irmão trouxe uma era muito melhor que a que viviam outrora. As mentiras são transformadas em verdades e cridas como tal. A guerra, o medo, a insegurança, são usados para manter total controle. 
   Os únicos que gozam certa liberdade são os proles, mas são ignorantes demais para tentarem uma revolução. Para eles está tudo bem como está. Enfim, um livro que se aproxima muito da nossa realidade atual.
   Somos manipulados o tempo todo, e nem nos damos conta disso. Gostamos do que a mídia nos manda gostar. Odiamos ou amamos sem ter nenhum fundamento sólido para explicar o ódio ou o amor, só porque alguém nos disse que é assim que devemos agir. Idolatramos pessoas, coisas, atitudes sem saber bem o porquê disso tudo. Não interessa, é moda, "tá todo mundo fazendo" e seguimos a onda.
   Isso me faz lembrar do filme "A Origem", quando o personagem do Leonardo DiCaprio explica que se uma ideia for plantada bem fundo no inconsciente de alguém, essa pessoa pensará que a ideia foi dela, quando, na verdade, houve uma sugestão, uma sementinha que germinou. Achamos que pensamos por nós mesmos, mas, na maioria das vezes, não é bem assim.
   Você já se perguntou se realmente precisa comprar aquela marca de roupas ou de sapatos ou se só está querendo se igualar (ou destacar-se, sei lá)? Já tentou entender porque cada vez mais pessoas se sentem fora dos padrões e fazem dietas loucas e cirurgias para tentar se encaixar em moldes pré-estabelecidos, mesmo colocando sua saúde em risco?
  É claro que nem toda influência é ruim. Uma boa influência de um professor sobre um aluno, dos pais sobre os filhos, dos amigos que amamos e admiramos é sempre bem vinda, mas não podemos abrir mão da liberdade de pensar por nós mesmos. O problema é que não somos educados para o livre pensar, para o questionamento (até de si mesmo), para argumentar e duvidar, para encontrar nossas próprias respostas às grandes questões, ao invés de recebermos tudo passivamente.
   Até mesmo alguns de nós cristãos, valorizam muito a emoção em detrimento da razão. Para alguns parece que pensar é pecado, mas o cérebro não foi colocado na nossa caixa craniana por acaso. Não estou, com isso, dispensando o emocional, o que quero dizer é que somos seres completos: emocionais, mas também racionais. Racionais, mas também espirituais.
   Não precisamos nos enquadrar nos moldes ditados pelo sistema que rege o mundo. Ser diferente é bom, fazer a diferença melhor ainda. Não é porque todo mundo pratica algo que temos que praticar também.  Bem disse Paulo: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Rm 12:2 - NVI)
   Uma mente renovada em Cristo é capaz de experimentar e comprovar o quanto a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. É um olhar diferenciado que se adquire. É uma certeza que se alcança e que vai além de circunstâncias exteriores, pois se baseia no caráter do próprio Deus.

Paz e até.

PS: Se você se interessou pelo livro, segue um link para baixar em pdf. 
http://portugues.free-ebooks.net/ebook/1984/pdf?dl&preview