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sábado, 15 de março de 2014

A pérola



   "O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo.
   O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou" (Mt 13:44-46).
   Aqui temos o nosso glorioso evangelho comparado com um tesouro escondido. Pessoas que vivem em países que temem invasões são geralmente forçadas a esconder suas riquezas. Do Japão veio a história de uma família que faz exatamente isso.
   Durante as gerações seus antepassados foram mergulhadores que colhiam pérolas. Sempre havia uma emoção ao abrir uma ostra e examinar seu conteúdo. Para um olhar sem treinamento, muitas das pérolas que encontravam pareciam ser "de grande valor". Mas os treinados apontavam as imperfeições: uma mancha aqui, uma aspereza ali, oblonga demais, e assim por diante, as pérolas eram trazidas à superfície e examinadas. Então um dia o filho mais velho da família achou um lençol incomumente rico de ostras. Ficou tempo demais lá embaixo e, logo depois, morreu. Mas trouxe consigo uma ostra contendo a pérola mais perfeita que a família já havia visto. Finalmente eles haviam obtido sua pérola de grande valor, mas ela lhes havia custado um filho. A família foi para os Estados Unidos e a Segunda Guerra Mundial explodiu. Durante o período em que estiveram em um campo de concentração, a pérola ficou escondida. Quando foram soltos, sabiam que havia chegadoo momento de vender o tesouro. A pérola foi avaliada, mas no dia em que o comprador veio buscá-la, o pai da família explicou que haviam tomado uma nova decisão. A pérola não tinha preço; nenhuma quantia em dinheiro poderia compensá-los da morte de seu filho!
   O evangelho também é um tesouro, grande parte do qual esteve oculto no Antigo Testamento, e que depois foi revelado quando Deus deu o seu filho. O Filho que ele sacrificou não tinha preço, por isso a salvação não pode ser comprada. Nada pode comprá-la e ninguém pode merecê-la. Ela só pode ser obtida como um presente.
   Esta pequena e emocionante parábola compara Cristo com a preciosa pérola, que podemos possuir por meio da fé nele. Chegou a hora de refletir sobre o tesouro que se torna nosso quando aceitamos o presente de Deus, o tesouro de vida e verdade, o qual temos certeza de que não tem preço.

(Sarah Jepson Coleman - Texto extraído da Bíblia Devocional da Mulher NVI)

Paz e até.

Daniel, sua fidelidade e propósito

    "Tu, porém, vai até o fim" (Dn 12:13).
   
   Daniel pertencia à nobreza judaica e ainda muito jovem enfrentou situações extremamente difíceis ao ser levado cativo para a Babilônia (Dn 1:6). Lá teve seu nome, que exaltava a Deus (Deus é meu juiz), trocado para Beltessazar, nome que exaltava o deus Bel (o grande deus da Babilônia e que corresponde ao deus Baal dos fenícios), numa tentativa de provocar uma identificação com a cultura e a religião babilônicas.
   Mas nem o revés de ser arrancado de seu país, de sua casa, de sua família, e muito menos o choque cultural no qual foi forçadamente mergulhado, foram suficientemente capazes de arrancar suas convicções (Dn 1:8;6:10). Ele permaneceu fiel a Deus e a seus mandamentos mesmo em circunstâncias desfavoráveis.
   Babilônia era a super potência da época, suas conquistas tornaram-na grande. Um lugar onde seria muito fácil ser influenciado pelas práticas dos habitantes daquele lugar. O comprometimento de Daniel com Deus Yaweh é um grande exemplo de que podemos estar nesse mundo, cercado por práticas contrárias à Palavra de Deus e mesmo assim permanecer firmes, sem sofrer corrupção. O mundo (não o mundo físico, a natureza, mas o sistema que rege o mundo e que se opõe a Deus) nos pressiona o tempo todo para que nos acomodemos com suas práticas e aceitemos aquilo que é contrário às Santas Escrituras como sendo algo normal. Alguns cristãos, com medo de serem confrontados, acabam  desistindo de estudar, de conviver com pessoas que não professem a mesma fé e se enclausuram em uma concha de convívio apenas com seus iguais. Mas Daniel não teve medo de agir diferente, nem de sofrer confrontos por isso, e sua coragem de testemunhar sua fé de modo prático (porque o testemunho de uma fé vivida diariamente fala muito mais do que mil palavras persuasivas, mas que não sejam acompanhadas de uma vida de comprometimento) veio a ser a ferramenta que Deus usou para se revelar aos babilônios. 
   No episódio da cova dos leões, Daniel não se intimidou e demonstrou sua fé mesmo diante do risco. Ao serem nomeados 120 homens para governarem todo o reino pelo rei Dario, Daniel se sobressaiu ao ponto do rei planejar colocá-lo à frente do governo de todo o império. Seu sucesso incomodou tanto que armaram um meio de destrui-lo. Mas suas atitudes eram de um homem honesto, logo:Finalmente esses homens disseram:"Jamais encontraremos algum motivo para acusar esse Daniel, a menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele". Dessa forma, conseguiram que o rei assinasse um decreto no qual os homens só deveriam orar ao rei  por um período de 30 dias, sob pena de serem lançados na cova dos leões. Nessa ocasião, Daniel enfrentou as consequências de se ter compromisso com Deus e não deixou de orar. Não poderia ficar um dia sequer sem falar ao seu Pai celeste. Entendia ele que ou se está com Deus ou não. Não há meio termo, não há como negociar a fidelidade a Deus, não há como renunciar a Deus por causa de momentos difíceis. E sua atitude trouxe exaltação do nome do Senhor quando, ao ser lançado aos leões, foi poderosa e milagrosamente guardado (Dn 6:21,22).
   A fidelidade de Daniel para com Deus resultou em um relacionamento de intimidade com o todo poderoso, ao ponto de se destacar dentre todos os outros jovens. Ele foi reconhecido como alguém que possuía capacidade de interpretar sonhos e visões (Dn 1:17) - embora ele sempre deixasse claro quem lhe dava tal capacidade:o próprio Deus. O testemunho acerca dele era o de alguém em quem há o Espírito de Deus (Dn 5:10,11).
    Já com a idade avançada (3º ano de Ciro, rei da Pérsia), tendo passado toda uma vida em Babilônia, longe de sua terra natal e sem entender os propósitos de Deus, isso não o frustrou. Daniel ainda era homem de oração (Dn 10:2;12) e foi buscar em Deus a resposta para as profecias de Jeremias que falavam acerca do cativeiro. A busca a Deus em oração constante resultou em uma poderosa revelação do que aconteceria no fim dos dias:o cativeiro teria um fim, não duraria para sempre. Junto com a revelação, Daniel recebe uma ordem: "Tu, porém, vai até o fim". Daniel precisaria:
  • Continuar confiando que Deus tem o controle sobre todas as coisas, mesmo quando não conseguimos compreendê-las;
  • Perseverar independentemente de circunstâncias;
   A mensagem para ele era de esperança: no final haveria recompensa.  
   Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós (Ef 3:20).
Paz e até.